Prêmio Mulheres Brasileiras em Química e Ciências Relacionadas é conferido a Ana Flávia Nogueira (foto) e a mais duas pesquisadoras brasileiras (foto: Unicamp/UFSM/Petrobras/divulgação)
Agência FAPESP* – Ana Flávia Nogueira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi uma das três brasileiras a receber o Prêmio Mulheres Brasileiras em Química e Ciências Relacionadas, oferecido pela American Chemical Society (ACS) em parceria com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Nogueira é pesquisadora responsável por uma das divisões de pesquisa do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP em parceria com a Shell.
Os prêmios têm o objetivo de promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil e de avançar na compreensão do impacto da diversidade na pesquisa científica e no campo da química. As vencedoras serão homenageadas nesta quinta-feira (15/10), durante o simpósio sobre o combate à desigualdade na ciência, que fará parte da 43ª Reunião Anual da SBQ.
Professora do Instituto de Química da Unicamp, Nogueira ganhou o prêmio de liderança na academia, pela sua contribuição no impacto global e social na pesquisa. Seu trabalho de destaque foi na pesquisa e desenvolvimento de novos materiais e processos, mais baratos e eficientes para conversão de energia solar em elétrica.
“Este não é apenas um prêmio que recebo pela liderança na academia, mas sim para todas as jovens pesquisadoras, desde as alunas de iniciação científica, de pós-graduação e pós-doutorado que têm em seu sonho o desejo de ser uma cientista”, afirma. “E num momento tão difícil. A elas dedico esse prêmio. Digo que nosso caminho não é fácil, é difícil, tortuoso, denso, mas que com certeza vale muito a pena. Porque nós, mulheres, fazemos com muito amor, dedicação e competência.”
Nogueira é reconhecida por seu trabalho pioneiro no país e na América Latina no desenvolvimento de células solares emergentes como as de perovskita e as sensibilizadas por corante. Utilizando novos materiais e processos mais baratos, a professora obteve resultados tão eficientes quanto as células solares que utilizam silício. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Nanotecnologia e Energia Solar (LNES) da Unicamp, em Campinas.
As outras ganhadoras são: a também professora associada em química Paola de Azevedo Mello, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), na categoria líder emergente; e a engenheira química especializada na área de petróleo e consultora sênior da Petrobras, Sonia Maria Cabral de Menezes, pela liderança na indústria.
As vencedoras serão homenageadas no dia 15 de outubro de 2020, durante o simpósio sobre o combate à desigualdade na ciência, durante a 43ª Reunião Anual da SBQ. Os interessados poderão assistir à premiação se inscrevendo na plataforma de eventos eventbrite.
*Com informações da assessoria de imprensa da American Chemical Society .
Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.